...ela faz a retrospectiva do ano...

...ela fa-la pela leitura de posts anteriores, a audição de musicas cheias de pó e carregadas de todos eles, ao passar a mao levemente por todos os flyers na porta do quarto e lembranças na mesa do lado esquerdo, ao olhar o M do seu telemovel e mortalha na tampa da bateria, as fotografias cravejadas na cortiça com peles mais morenas ou não, de sorrisos ou faces aparvalhadas, em todos os bilhetes de concertos mais ou menos programados, festivais mais que aproveitados, viagens secretas ou de simples devaneios...

...ela vê, ela sente, ela recorda, aperta-lhe o peito, ainda custa, ainda gosta, ainda está na duvida, sabe que quer e sorri...

...não pede mais nada, não quer mais que um ano tão igual a este, no novo que se impõe...

...juntará dois K's, dançará com a mao no chapeu, será aconchegada contra a parede amarela, será olhada e receberá uma musica num concerto, vão-lhe perder outro acessorio e procurarão repô-lo descalços, verá mais um nascer-de-sol deitada, destendidos no areal, um por-do-sol naquele porto de maré no ritmo enamorado, mais uma despedida desgrudante num terminal, passará num electrico pelo encontro desejado, encontrará no cais, acordará abraçada, adormecerá desaustinada, vai deixar-se estar num miradouro sozinho, pousará mais um copo numa musica perturbante, vibrará com as vibraçoes, fugirá a meio da noite de saudade, dirá: " your the one"...

...sento-me, começo a escrever ciencia, acabo a desenhar stencil...

...paro, atiro os olhos contra a plateia atenta à voz rouca, que distorce este silêncio em que estou...

...estão atentos, absorvidos, distantes e frios como a temperatura que me assola o fundo das costas...

...ha a simulação de um bater à porta, talvez tenham desistido de assistir a esta peça apática a preto e branco...

...mas há cor aqui, a cor da visão periférica, o olhar sobre o moleskine arrasta as cores quentes de um lenço abraçado ao pescoço...

...a voz é pausada, arrastante, hipnotizante, so o movimento do meu pulso me acorda, me agita...

...fala-se de metabolismo, fala-se de desacelaração, enquanto eu me lembro das fotos que me tiraram sem rolo, lembro-me dos postais estrangeiros que colei numa parede, lembro-me daquele desenho e violão residentes no alto miradouro, tenho saudades da minha mão no teu maxilar...

...e os dias arrastam-se e eu ergo-me perantes eles...

...pé descalço, espirito selvagem, dança sem preconceito, respiração solta, salto ao eixo imperfeito, entoar de garganta cheia para imensidão vazia, nevoeiro suspeito, saltitões de areia entre-humida, joelhos irrequietos ao som da percursão, desconhecido saboroso...

...foi a respiração necessária...

...vaguear por uma cidade despida de ti não me chega, há tantas tentaçoes,tantos pontos de escuta e interesse, tanto a receber e a partilhar, não me interessa...

...imagino-te no miradouro, vejo-te a tropeçar naquele passeio, revejo aquele banco de jardim cheio de nós, despeço-me mais uma vez num cais e viro costas ignorante, na esperança que o caminho ate ao metro me cure...

...abstraio-me, vou-me distraindo, dou-me como saudável, estou saudável, estou desprendida, estou, mas!...

...continuo na cidade, voces andam por cá, sinto-me sobretudo preenchida, mas está vazia de ti, pairas, voas sobre mim em circulos,fico-me, olho para cima e contemplo-te...

...vou...

...por falar em familia, que tal voltar ao genio birrento?!...

...sou quem sai do escuro para te ver...

...3 dias com tanto conteúdo, poderia dizer tanta coisa...

...mas! mas o que sei é que ultrapassei, as mudanças estao implicitas, as mudanças resultarão, e eu não tenho medo...

...obrigada às vozes e melodias, quer num sofa triste de 2 dias e num peculiar tom laranja acinzentado, quer no meio das luzes e olhares desconfiados com a minha passada calma, solitaria e sorridente, uma passada de encontro à corrente contraria e frenetica que um natal pre-dispõe...

...obrigada às palavras vagas e acalmantes, e sobretudo ao fulgor que encontrei numa fnac, perseguição mutua que trocamos e aos olhares indiscretos que partilhamos...

...apesar de ter trazido na mala tinta da china preta, trouxe-te no pensamento, trouxe o colorido do teu olhar triste...

...obrigada...

...i wanna look you in the eyes and say that this isn't over...

...and i still want...

...ponto e virgula...
Love can damage your health

...cabeça e tronco cobertos pelo guarda-chuva feio, mao esquerda e alma na palma desta à chuva, enquando a direita agarrava a audição à nova descoberta, perigosa descoberta...

...era puder estar mais perto, era so puder...
...um aquecedor, os filmes, a promessa de nos, e simplesmente existirmos ali, co-existirmos...
...nao pudendo, ha musicas a rodar energeticamente no sistema deste portatil, ha um sofa que me acarinha descomprometido ate me erguer, tentar estalar as costas e lançar-me à cama onde dorme o frio...

...morri ontem, acordei hoje revitalizada...

...e foi impressão minha, ou será que estavas lá?!reconheceste-me tambem?! ou terá sido mera vontade da tua presença?!...

...nao evites dizer o que te vai num voo rasante do pensar, não contenhas o querer que te faz distender as palmas e dedos das mãos, faz, vive e sente...

...olho para voces e vejo olhares sorridentes, olhares vagueantes e fumarentos, olhares que se desviam mas que fitam às escondidas, olho para ti e vejo o olhar que me abraça e me faz sentir em casa...
...fugir por multidoes, encontrarmo-nos no meio de nós, na presença ignorante, na ausencia aconchegante...
...encontrei-te, dei-te como uma garantia, senti-te fugir, doeu, e só agora tenho certezas...
...and you, the only one, only you can have my soul...

...listening: just friends?!...

...reparo em mim, estou aqui sozinha, rodeada da montanha que as mantas e os lençois proporcionam...

...a aparelhagem atira-me ao ouvido direito, melodias para respirar, mas a dor de garganta enfraquece o meu querer...

...hoje sou a minha companhia, e so quero mais ser acompanhada por familiares desconhecidos...

...são eles que me aquecem com os desenhos puros, com as fotografias cumplices, com as saudades descaradas...

...evitam deixar-me fora de um brinde, fugir de mim numa despedida, ter medo de me oferecer um olhar...

...esta gripe ofereceu-me um dia de reflecção, e das muitas loucuras que tenho feito, dos demais devaneios a que me tenho entregue, tu foste o rotineiro mais confortável...

...Lost In Translation 'traduction'...

...perdida nas minhas aventuras e não via o que em diante se apresentava...

...apenas queria algum espaço, mas agora é so isso que tu me dás...

...porque o prazer da caçada é a correria, e não o saborear da carne fresca?!?...
...o que me realiza é o não ter, é ter de olhar desconfiada e não saber, não ter certezas...
...gosto da correria, da perseguição, do estudar a estrategia, apalpar terreno, temer...

...viver terá mesmo de ser, não conseguir?!?...

...gosto de ser um frasco de marca branca, de tampa entreaberta, mas desde que me tentam rotular, têm de ter em atenção o que isso arrasta...
...arrasta um prazo de validade, exigencias a nivel publicitário, valores nutricionais, e a quantidade de quanto vão levar de mim...
...e hoje é um dia de moloko, aliás uma noite...

...acabou de emergir dos seus próprios pensamentos, só se apercebeu que estava mergulhada quando colidiu com a atmosfera exterior à solução aquosa, na qual estava estaticamente a debater-se...

...estava-se a deixar levar à horas, sem se sentir, não se permitia a deixar-se levar pelas necessidades fisiológicas e mentais, essas mesmas que acabou mesmo por sucumbir...

...foi um esforço inglório, um esforço passivo e pacífico, mas acabou por ter de colidir, custa-lhe a respirar a verdade...

...o seu cérebro acena negativamente, "não, não pode ser possível"...

...emergiu com a ajuda de uma vibração e a lembrança de um lenço despojado num sofá aquecido...

...veio à tona com a ajuda mecânica da vibração, e com o anzol na mente daquele cheiro no lenço emocionado...

...agora só o areal a abraça, ainda lhe custa a respirar, levanta-se com uns cotovelos vacilantes, arrasta o cabelo, acorda a retina para a linha do horizonte e segue determinada rumo à tenebrosa e vital dor de peito...

...saudades tuas meu pôr-do-sol (atrasado ou não)...

...há loucuras e loucuras...

...mas esta foi uma senhora grande loucura...

...o que vale é que estavamos "inebriadas", nem sentimos, simplesmente sorrimos...

...saímos das luzes a amanhecer, fomos de viagem a destilar, chegamos, passou a correr, voltamos, e quando me deitei 2 dias depois pensei que estava acabada de chegar daquela festa...

...foi uma boa loucura, e estou numa de repetir, já lhe senti o gostinho e agora é difícil largar...

We walked the street to the beat

Hand in hand you and me

Smiling faces so in love

Hoping that they all could see

...estavas ali despojada numa capa de revista, a única revista que restava daquele bar, do bar que desaustinou aquela noite...

...não no meu melhor estado, olhei-te, agarrei-te e atirei-te para dentro da mala...

...passas-te a noite como nova inquilina, espero que tenhas passado bem, na companhia do cinzeiro cravejado com aquele corrector descaracterizante, novo inquilino também...

...passou-se a noite, e eu incluída...

...deparei-me de novo contigo no dia seguinte, vi o cinzeiro e trouxe-me à memoria certas imagens daquela fatídica noite, e quando te vi, sorri porque me revi...

...revi-me no grito sufocante, do qual não me liberto, revi-me porque não me quero mostrar por enquanto, revi-me sobretudo onde te sentas, estou numa de malas aviadas, basta-me uma pequena mala, basta-me porque o destino para o qual quero partir oferecer-me-á tudo o que preciso...

...mas continuo sentada na mesma, expectante e desesperante, quero partir, quero ir, pode ser para ficar ou não, pode ser por minutos ou por dias, quero seguir porque se está a tornar excruciante, quero fugir porque és o lugar onde quero chegar, ficar, respirar livremente, e quando for altura de partir deixo-me de novo lá, deixo-me lá mas não te preocupes que eu volto, para me ir buscar e deixar-me de novo lá...

...não queria desenhar, só queria contemplar a vista...

...não queria a vossa companhia, queria a tua companhia...

...não queria ouvir vozes, só queria ouvir as músicas...

...abandonei as arvores e edifícios sufocantes, abandonei-vos, fui de encontro à luz espelhada do rio...

...parei, fui parando, estática, imóvel, tirei uma e outra foto daquele visual que me assoberbava...

...hoje foi dia de parar na paragem que nunca paro, entrei no eléctrico 18 sem pressas...

...deixei-me ir, sentada com os pés no chão estriado, passei a usual saída, deixe-me ir porque sairia numa repleta de tudo o que perseguia inconscientemente...

...fui sozinha, com a música e acompanhada de ti também...

...vi todas as barracas ecléticas, os pintores de rua, e os rastejantes mendigos...

...estava com o rumo casa, mas os pés conduziram-me à Fnac do Chiado, e dei por mim a perguntarem-me: "e quantos bilhetes são?", "um!"...

...já te tenho bilhete de Zero7, e tenho-te a ti também comigo, porque sei que irias, não fosse a distância, guardar-te-ei um lugar perto do meu, perto do peito, não precisas de bilhete...

...amanha vou ver a "minha banda" e o resto é conversa...

...escassos dias, torrente de agitações...

...foram caminhos em que me perdi contigo, bancos encontrados, e cais também...

...risos desavergonhados e alguns para dentro...
...foram chamadas no limiar das 00:00h, algumas antecedidas de "posso telefonar", com uns calorosos "Epá oh sua estúpida, Parabéns", foram mensagens de amigos só presentes em recordações e outros visionados diariamente...
...fazem-me falta, fazes-me falta, vocês todos aqueles com os quais já partilhei tantos risos, abraços únicos, devaneios...
...vocês fazem questão de me dar um toquezinho no ombro, como que em jeito de "Apesar de tudo, estou aqui ahhh, não te livras de mim"...
...houveram creamy birthday cake´s, acessórios de envergadura, saquetas de cromos, inscrições que 'conduzem' a futuros sinais derrubados e atropelamentos, abraços que me agarraram toda e prendas antecipadas...
...foste tu que faltas-te, mas todos os outros estiveram comigo e acolheram-me...

...o trivial não guarda pastilhas de morango no placar do quarto, o usual não descobre as traseiras de uma estação, o óbvio preocupa-se com o que a multidão envolvente pensará, o normal não acorda a meio da noite e recebe 1 minuto depois uma letra de MP através de mensagem, o corriqueiro não se encontra entre o chegar e o partir de um autocarro e faz dessa meia hora "o ponto alto"...

...já tive o trivial, o usual, o óbvio e mesmo o normal e corriqueiro...

...agora só quero o sem sentido, o nada a ver, o não plausível, o incongruente, o inexplicável, o simples e meramente "sentível"...

...faremos daquela estação, daquele terminal a nossa casa, o nosso "meeting point", daquelas paredes o nosso recanto, daquela casa de banho onde tu tropeças e eu deixo cair o tubo, daqueles bancos o invejável porque estão sempre preenchidos, daquele chão o nosso soalho flutuante, e daquelas traseiras o nosso refugio...

...ate ao próximo horario expectante e quem sabe atrasado...

...DJ...

...(não resisti à tua foto)...

...olhos no descanso do sol ISAense, e com a cabeça tão cheia de ti...

...a fachada envidraçada revelava trabalhadores aplicados, a vista sobre as videiras revelava alguem de olhar vagueante, e duas de ouvidos e mente preenchida...

...a minha cabeça transborda e não sei definir, é uma torrente de cores, e esporadicamente de preto e branco...

...tu pincelas-me, rasgas-me sorrisos de desespero e meia-realização...

...as musicas que me oferendas, as palavras que me atiras para as mãos, a sinceridade que me deixa vulnerável...

...apesar de tudo e de todos, ainda podemos partilhar o mesmo pôr-do-sol, a distancia não trava esse pôr-do-sol, apenas abranda o que tem de vir, o que preciso que me atinja, que me atinjas...

...estive naquele pôr-do-sol contigo, a falar de ti, a querer-te ali...

...as palavras já só chegam a ti, não chegam para ti...

...é difícil explicar-te, ainda só aprendi a sentir-te...

...estava vazia, deparei-me com uma estação vazia...

...temi porque estava tão cheia, eu transbordava, estava atolada, preenchida...

...mas a estação estava vazia, não havia lá ninguém para mim, sentei-me e pus ao colo, tudo o que me ia na mente e no peito...

...olhei para baixo e deparei-me com os ténis laranjas cansados, remendados, vividos...

...o silencio era excruciante, porque assim teria de me ouvir, e ouvir o que vinha do meu colo...

...foi então que reconheci uns acordes, olhei para cima, olhei para o nada, so via os acordes, e senti um vibrar na perna direita, pensava eu que era uma reacção aos acordes, mas não, era o meu telemóvel...

...arranquei-o do bolso, e quando comecei a ler aquelas 33 letras, tremi de novo, eram letras que me preenchiam, povoavam aquela estação, a música voltou a mim, e não podia acreditar...

...tremi, tremi pois eram 33 letras e tinham aquele acompanhamento...

...nunca antes tinha ouvido aquela musica senão no meu quarto, sozinha...

...e estava lá naquelas 33 letras comigo, a sonorizar-me...

...as letras deixaram-me sozinha, só eu e aquela coluna, olhei-a, quis alcança-la, mas estava muito acima de mim, conseguia senti-la, mas era impossível tocar-lhe...

...passou o metro em sentido contrario vazio, nem parou, passou vazio e esvaziou-me também...

...nem em sentido contrario eram capazes de povoar aquela estação...

...era hora, a hora de vir o meu metro, no sentido, no sentido unico que conheço ate ao momento...

...entro, e deparo-me com faces que me fitam, não percebo o porque, mas não largam a minha vista...

...o metro arranca, e vou numa viagem desesperante...

...é o rumo que devo seguir, mas não quero...

...não respiro desde as 19:58, e tenho a pulsação a 213...

...vou voltar àquela estação, e o metro em sentido contrario largar-te-á lá para mim, para que corra em tua direcção, de olhos fechados, sentir-me-ei completa quando chegar ao outro lado, ao teu lado, isto porque és a minha Pessoa...

...é um dia de dor de alma, e materializou-se como nunca antes, naquela estação...

...DJ...

...uma pequena saga...Wacko^2 (é de lamentar a falta de qualidade)

Come away with me on a bus

Come away where they can't tempt us

With their lies

And I want to wake up with the rain

Falling on a tin roof

While I'm safe there in your arms

So all I ask is for you

To come away with me in the night

...estava escura, estava escura porque não queria ver...

...não precisava de apalpar terreno, porque pensava que sabia como sair da escuridão, melhor, como quereriam que saisse...

...não me apercebia que as lampadas estavam fundidas, todas as lamparinas sem azeite, todos os isqueiros sem gás...

...estava na escuridão porque era confortável, porque não via, porque não me sentia...

...invadiste-a, tu invadiste-a meu pirilampo, empurras-te a escuridão lateralmente, e vieste de encontro a mim, não me tocas-te, fizeste-me esperar, ansear, deste meia volta e levaste-me contigo no teu feixe de luz...

...estou nesse feixe, numa espiral rectilinea, começo a ver, tu sorris-me, olhas para tras desafiante e ternamente...

...não tenho medo da viagem que vou atravessar, estou reticente é quando tu parares e me olhares de novo, estou reticente porque sei que quero o teu tocar...

...meu pirilampo, continua a levar-me, estarei sempre na senda do teu feixe, e olha-me nos olhos de novo...

...contigo não ha escuridão...

...a Minha Paixão...

...levaste-me contigo, e ainda não me trouxeste...

...estou a distanciar-me mas estou finalmente a encontrar-me...

...estas-me a dar espaço para encontrar as outras Paixões que preciso, mas seras sempre a Minha Paixão...

...estão a roubar-me de novo, e eu deixo, deixo com prazer, com vontade, com curiosidade, com sobretudo medo do desconhecido...

...vou fugir daqui e encontrar-me contigo, e a idealização do mesmo exaspera-me, e anceia-me...

...espera-me e terás-me...

...entregue,completa, realizada...

...espero-te...

...sinto a verdade a arranhar-me a vista...

...um arranhar que ignoro, ao qual não cedo, mas arranha e começo a ficar com a vista em chaga...

...é a minha verdade a manifestar-se, é o arranhar a apoderar-se...

...palavras, simbolos, presenças, esperas, anceio e mais palavras, desespero...

...ela passa por mim ignorante, faz um 360º e segue-me, ela esta lá, sei que está, mas continuo com a minha passada de olhos fechados para que ela, a verdade, não me arranhe...

...one thing i love to do, discover me, discovering you...

...de mãos dadas, vagueantes e indiferentes no meio de gente que esta bem na sua pele, ou de gente que queria estar no meio de uma outra derme ou epiderme...
...no meio de fachadas imponentes, e lojas mais ou menos salpicadas de gente...
...há algo envolvente, algo absorvente...
...não sei se invejo, se desejo, se simplesmente contemplo...
...as mãos dadas passam por mim, e sinto acariciarem-me o meu lado esquerdo e o de cima igualmente...
...desapareceram de caras fechadas, mas a emanarem algo unico para alguns agarrar...
...não me estou a perceber, mas estou a entender-me, concerteza que estou a entender...
...há muitas fotos, muitos relatos, mas so houve ate agora aquele dar de mãos...
...estou-me a descobrir, descobrindo todos os outros à descoberta, ou mesmo os já encontrados no seu eterno desengano...
...estou na senda da mudança, na senda da descoberta, na minha procura...
...obrigado mãos dadas e olhares confiantes, obrigado por ontem, porque um dia abraçarei assim uma mão, não um qualquer abraçar, um abraçar com aquela intensidade...

...same eyes, strange look...

...let´s have one more bitch pitch?!?...

...chamem-lhe o que quiserem, mas eu cá:...

...-como bananas com canela e queijo derretido...
...-deixo obcessivamente 4 fileiras abertas do estore, todas as noites...
...-faço malas de vestidos...
...-tenho um mural de caixas de tridente na parede do quarto...
...-idolatro a minha colecção de bilhetes, recortes e flyers...
...-gosto de sentir a toalha de praia enrolada por debaixo de mim, e a areia a acariciar-me a pele...
...-não consigo andar calçada em casa...
...-so gosto das partes de baixo dos pijamas...
...-adoro os tenis sujos e cansados...
...-fico doente se perco uma das series de culto...
...-gosto de atar o cabelo quando ainda molhado...
...-tiro uma foto, e tiro instantaneamente a versão melhorada...
...-recuso-me terminantemente a ver filmes de terror (maiores de 12 esta perfeito)...
...-passo noites com a pantera cor-de-rosa...
...-quando saio para dançar levo comigo um chapeu em especial...
...-fico extasiada a ouvir pessoas esfolhar livros ou amarrotar papeis...
...-vou sair ainda com o sal de um dia de praia na pele...
...-sou rude para as pessoas que realmente gosto...
...-so encontro o que procuro no meio da desarumação...
...-gosto especialmente de dar beijos nos olhos...

...como te conheci, pergunto-me como te conheci...

...conhecer como conheço, aquele conhecer de ver acordar, de ver chorar, de partilhar...

...tu és do meu outro lado do mundo, aquele mundo que não passaria do outro lado se a tua pessoa não eclodi-se de lá...

...és algo tão simples e descomplexo, com os teus complicadamente cativantes acessos de humor...

...agias, eu olhava e não compreendia, ages e eu olho alem desse teu eu...

...ja estiveste tao sempre lá, agora nem por isso, mas vejo-te numa performer de um palco, vejo-te num riso mal posicionado, vejo-te num abraço violante...

...e quando se dá o visionamento em pessoa, é tao unico, que o sorriso constante que se prevê, se torna como que uma cicatriz do meus lábios, pelo adoptar permanemte deste...

...são concertos unicos, jantares e saidas ainda mais, praias e conversas despojadas nem se fala...

...amiga, fazes parte de mim e no que me tornei ...

...agradecida...

Two weeks away it feels like the world should've changed

But I'm home now

And things still look the same

I think I'll leave it to tomorrow till unpack

Try to forget for one more night

That I'm back in my flat on the road

Where the cars never stop going through the night

To real life where I can't watch sunset

I don't have time

I don't have time

I've still got sand in my shoes

And I can't shake the thought of you

I shake it all, forget you

Why, why would I want to

...Voltei-me...

...vou-me ...

...foi tão descabido, tão doido, tão irreverente, tão diferente...

...não foi premeditado mas sinto-me premiada por ter comparecido...
...comecei a absorver estaticamente a musica alpina da Erika Stucky, continuei esbracejando freneticamente com Gogol Bordello, numa dança arrepiante entre tribal e electronica no meio de centenas, e acabei a noite a dançar comigo ao som de Señor Coconut num areal de praia, projectanto o braço direito contra o céu, cada vez mais claro devido ao avançado da hora, e alternando em pés coxinhos repetitivos...
...abracei inconsecuentemente, beijei prepositadamente, confraternizei calorosamente, falei espontaneamente, fotografei repetidamente, e sobretudo sorri de encontro a muitos olhares, e foram todos eles tao carinhosamente retribuidos...
...foi o Festival Musicas do Mundo em Sines, e foi como se tivesse encontrado a minha casa num local nunca antes visitado, foi um encontro de casa, pelas pessoas, pelas musicas e pelo espirito frenético sentido...
...foi numa semana avassaladora, de 9 dias, que quando preparada, verbalizarei...

...fui-me...

..."I'm sittin' here lookin' at you
I'm sittin' here beside you
Under the high under the skin

Now you turn your face away
To feel the empty space
I'm still here
Starin' at you…

My lucky star, my lucky star
Be with me…"...

...tão isto, nada mais que isto, não quero além disto...

..Hoje, só mas tao contigo...

...Nao vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar...

...I dream inside your eyes
Dream with your eyes
You fly around me in circles…

...não te explico, não tem cabimento, és um calor que me abraça dentro, és um olhar que rasga por entre as luzes da escuridão, não te sei explicar...

...senti-me so contigo e para ti, esbracejando freneticamente, sentido a musica no teu olhar e a arajem na cintura, senti-te perto de mim, com um olhar de desvio, sorris-te contra o chão em aceitaçao...

...não desviei o olhar, e cerrei-o para repetir contigo tantas e tantas palavras calorosamente proferidas em manhas e noites sozinha...

...não te sei explicar, laceras-me mas é optimo, chamaste silenciosamente, eu vi mas não agarrei, perturbas-me, consomes-me, não te sei explicar, não te abdico...

...quero-te encarar, quero-te dizer mas travas-me apaixonadamente atravéz da tua imponencia...

...foste algo que entrou, agradou, passou a muito mais que isso, grudou, agarrou, roubou...

...não te explico, talvez não queira, mas preciso de te explicar a mim mesma...

...agradeço-te o sorriso de sofrimento que me oferendas, o sorriso de não alcance, de distancia alcançavel metricamente mas não pessoalmente...

...és icone, és mistica, és o olhar penetrante, és voz do sentimento desconhecidamente cativante...

...mantem-te em mim, e fico-me assim...

"So fathers be good to your daughters
Daughters will love like you do
Girls become lovers, who turn into mothers
So mothers be good to your daughter too"

...porque não me sais do ouvido da mente,

porque me sussuras em surdina,

porque me tocas à distancia...

...há manhãs boas...

...acordei bem, senti-me revigorada, a torrada saiu bem, a manteiga escorregou carinhosamente...

...comecei a manhã a dar por mim, a libertar-me de ligeiras risadas, numa cozinha a ser aquecida pelo calor matinal...

...abri bem o portatil, e a caixa de email ainda melhor...

...depois de entornar o esparguete à bolonhesa para cima do sofá, so me veio uma coisa à cabeça, "apetece-me ouvir radio"...

...não apenas porque um dia sem musica não é dia, mas sim porque me apetece musicas obvias e quero ser surpreendida uma apos outra, e cantarola-las uma na senda da outra...

...há manhãs assim, e que sejam tao raramente especiais como esta...

...agradeço-te musica, aparelhagem, sofá por não ficares manchado depois do esparguete, emails, portatil, calor, manteiga e torrada, manhã...

...no fim do dia so restam os copos esmagados mas satisfeitos, conheceram muitas bocas, e no fim de vida muitos pés certamente, que de encontro ao chão num ritmo frenetico, como que uma dança desconcertante...
...o entusiasmo de tentar bilhetes acessiveis, a emoção de entrar no recinto, o primeiro liquido ingerido, mais uma foto com mais ou menos linguas, fazer o reconhecimento do terreno, angariar umas e outras oferendas - vindas do céu ou não -, o primeiro concerto da tarde, só para aquecer, e um atrás de outro, mais musica menos musica, mais um copo menos um copo, um beijo do lado direito, um moche do lado esquerdo e a satisfação vinda de dentro...
...gosto, quero e não abdico...
...agora só falta, sudoeste e paredes, e sou uma pessoa, enquanto amante frenética da arte de "concertar", realizada...

...Quero que sejas o 1º de muitos...

...não sei bem porque, mas sim...
...gosto de sentir os teus olhos quando desvio o olhar!!!...

...hoje quero, quero mais e mais, muito mais que ontem...
...no Hoje há sede de querer, sede de ir e ficar, sede de gostar, sede de ver sentindo, sede de descobrir, sede de agarrar se for caso disso, arranhar...
...tenho sede, mas uma sede que se satisfará com água, porque é uma sede de pureza, levitação, transparência, uma sede de essencia, sinceridade, uma sede descomprometida...
...há dias que bebo sem sede, como que um espasmo mecanizado involuntário, mas ha Hojes, em que me deparo com uma sede de tudo do pouco que me saciará...
...não que seja uma sede com gostos refinados, mas é um sede obstinada...
...uma corrida na marginal, um chocolate Milka Choco-swing, antena 3 sintonizada no SBSR, uma revista 'a' com a testa à procura de sol, o motorola vibrante, acabar um exercico de Fisica, um banho matinal, calçar os chinelos e por um cachecol, um beijo na testa, uma musica recebida, por os bean-sunglasses no 106, receber o sorriso de um estranho, perturbar um amigo, um "até amanha, dorme bem!", ligar o mp3 e a Margarida Coldfingerada invadir-me, ver os vestigios de mais uma noite nos Etnies, abraçar o primo J. e dar um carolo no primo R.,um pôr-de-sol seguido de um nascer do mesmo,um 360º com O 360º, tirar uma fotografia à socapa num museu, rir ate doer o estomago ate às costas, meter na fox life e estar a dar aquela serie, aquecer as pernas com o portatil, saber da tua existência e estares sempre comigo...
...sede de tudo, e saciada já com muito disto...
...preocupa-te comigo e ficarei saciada...
...existes e quero que existas ainda mais...
...it´s just a question of any kind of love...

Às cegas, envolto numa noite de tempestade.

Finalmente encontrou coragem para entrar no quarto.

Começámos a beijar-nos.

Não havia lugar para duplicidade.

O que aconteceu quando estive fora?

A partir dai, passámos todas as quintas-feiras juntos.

Não parava de me perguntar se eram roupas e adereços de actores.

Foi ele quem começou a encostar-se mas depressa lhe segui o exemplo.

Cristina Mateus, Conta-me coisas...

...video pertencente ao espolio do Museo Colecção Berardo...

...no 2º piso, vale não muito, mas tudo a pena...

...qual o preço de um vicio?!?...

...sinto-me viciada, consumida, enfatizada...

...é mau , é terrivel, mas não abdico...

...é bom, é agradável, mas estou farta...

...é vicio, vicio que não descola, não desgruda, um vicio que abraça, que exige, que é omnipresente, a meus olhos visivel, cheirável, palpável...

...não sei o que é, mas quero reticentemente descobrir, olhar por entre os intervalos, ler entre as linhas, ver além do preceptivel...quero que quando se mostrar, se revelar, quero que o faça, e quando o fizer vai deixar de ser vicio, pode continuar a consumir, a perturbar, a absorver, mas vai deixar de ser vicio...

...porque vicio não sei o que é, e o que dai em frente se revelar, saberei defenir...

...porque é um vicio que dá tanto, que recebe por igual, mas não passa disso...

...é-me estranho, não faz parte do baralho, é de um outro universo! é, mas eu gosto que seja, porque significa que terei de conhecer o que me é estranho, jogar com outro baralho, fazer uma viagem interplanetária...

...estou viciada, e quero permancer...

...she only say "yes! yes..."...

...e eu tambem digo, "yes!"...

...Está giro, apesar do aroma de limão não ser o meu eleito, espelha sem duvida qualquer coisa da minha pessoa...