terça-feira, junho 17, 2008


...chovia, pouco no entanto, ela acolhia toda a água com o peito aberto debaixo do lenço, de olhos fechados atrás dos óculos acessórios, sobre a sua pele repleta de calor e momentos...
...caminha sobre a noite, caminhava no sorriso que esta lhe oferecia, contorcia-se de satisfação ao lembrar-se do que fez, no que sentiu...

...não havia sensação a aproximar-se, só aquela a povoava, só aquela é que lhe soprava na nuca, lhe agarrava o bíceps para lhe falar com os olhos, só ela lhe sussurrava e por lá largava um beijo...
...nisto, deixou-se ir de uma ponta à outra do metro, sentia-se olhada, sentia-se desesperada e sem pressa para chegar ao outro lado, foi sendo empurrada pela avalanche de paz encontrada...
...encontrei-me em ti, tenho de pagar pela estadia?...

quarta-feira, junho 11, 2008

...é a verdade, o crescendo de querer, palavras descritas nos olhares e brilho transportador da pele...
...nada, tudo isto sem plano, sem obrigação, tudo feito, desejado...
...não resta muito do que fui, sobra do que sou! sobra porque não cabe tudo no "eu", do muito que é produzido nesta fábrica de sensações instalada...
...tanto no pouco tempo, pouco no que podia ser, é isso! é insatisfação, é viagem idílica, é palavra solta, dita e guardada, é agora, hoje, sempre!...