segunda-feira, novembro 10, 2008

...hoje não consigo andar de transportes, estão frios e sombrios, abafados e distantes, doentios, irritantes, hoje não...
...aproveito cada segundo instrutivo das rectas, e horizontes, dos pontos de fuga que quero tomar para fora da sala envidraçada...
...hoje o pensar do teu chegar aquece-me, o sabor [saber] de um beijo teu assola-me, hoje a distancia que o dia nos impõe confere-me uma dor de cabeça acutilante, mas, hoje a perspectiva da noite [nossa], que há-de chegar, sobe-me visceralmente, faz o meu corpo entregar-se ao trabalho, e a mente viajar ate ti...
...Hoje, é apenas, mais um dia como tantos outros, onde o nosso "Até logo" é sempre longe demais...

terça-feira, novembro 04, 2008

... - "como é que te lembraste?"...
... - "como é que me poderia esquecer?!"...
...preenches-me...

sábado, setembro 13, 2008

...sofrer não é opção, sofrer é condição...
...derramar lava-me a alma, cerra-me os punhos, a passada enche-me de sentimento, de raiva, de medo...
...vou com eles e as palavras que me atingem as têmporas, com esses agarrados à superfície do peito ritmado, e entro no cais...
...antes um eléctrico confortou-me e eu disse, Não!...
...andei, quanto já não sei, e cheguei ao chão, esse dá-me brisa, paz, recordações...
...agarro tudo o que não devo ter, atiro-o contra corrente e deixo-me estar, saborear o vazio...
...fecho, fecho-me e continuo ... o meu caminho [para ti]...

sábado, agosto 30, 2008


...a visão de tocar a leveza dos céus, o calor que anteriormente me afagava os interiores, e o não permitir [não permito]...
...não deixaram fechar os olhos, calmamente...
...é a minha respiração e a minha vivência, o meu interior e o meu cerne, a minha temperatura e a minha pele, o meu terreno e o meu tecto, a minha existência e mesmo na angustia, a minha calma e a minha paisagem, o meu alimento e a minha hidratação, a minha dança e o meu foco de luz, é o meu não escrever e as minha inexistência de palavras...
..."é isso e o infinito" [nosso, só]...

quinta-feira, agosto 07, 2008

...Ayo - Watching you...

segunda-feira, julho 28, 2008


...foi perfeito no segundo em que cheguei...

...sentei-me onde outrora não estive, perto por sinal...
...a voz reconheço, a paz está lá...
...tudo tinha começado com um abrir de olhos não muito confiante, uma passada tropeçante e a multidão despida de pessoas...
...agora os voadores sobrevoam-me, as pessoas passam azuis e brilhantes, de guarda-sol alegre, passam nos gestos cúmplices e nas fotografias guardadas...
...o afluente está lá, pautado pelos carros frenéticos, e pelos jornais mortos...
...está lá, brilha mas não muito, navegado no entanto...
...na falta de ti, por uma tarde tenho a visão e a companhia de mim mesma, porque só assim faz sentido...

domingo, julho 20, 2008

[encontro com 7 de Maio]
| ...agarro-me ao pescoço, agarro-o por debaixo do cabelo, com a mão esquerda e sinto que é errado. sinto-o porque não estou aqui, e devia...
...devia porque é o certo, é o que deveria ser, todos os outros o fazem, e eu aqui à espera que o ponteiro se arraste até à hora de não dar má impressão...
...eles estão confiantes e vivem do gesto paralelo da caneta com as margens, e o movimento rotacional das folhas. estou no enfiamento desse movimento, e revejo-o numa roda gigante, colorida e viva...

...2 desistentes e é chegada a hora de não parecer tão mal. Não!...
...porque sentada não estou viva, as cores vivas da sala já faleceram à muito, e vão dando pontapés aos sonhos que foram deixados pelos cantos e rebordos da sala. as portas deixam o sabor agridoce na boca, o sabor da frescura no dia soalheiro, o sabor da tua possibilidade...

...vou sair porque quero sentir no perfil as vivências, essas são arrastada pelas árvores mais ou menos artificiais e fictícias, pela gravilha solta e pela visão do eléctrico que chega...
...vou sair, que já vou atrasada, porque Tudo me espera, e eu aguardo somente o meu reencontro em ti, em nós...
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quarta-feira, julho 09, 2008



...não vou disfarçar, não é algo passível de se fazer...
...posso abstrair-me, posso andar em frente e esquecer-me que estás nas minhas costas, andar resulta, afastar-me simplesmente por breves instantes, estar longe para não ver, não me veres...
...ouço, vejo, estou lá quando dói, mas disfarçar é impossível pela imensidão que transportamos, por seres, por estares e por sentir...
...digo-te, porque existe e não consigo engolir-te, não me passas ao lado...
...pensa no ridículo, no ingénuo, no non-sense, no irrelevante mas quando não couber em mim, não disfarço...
...because now you're here, Always...

terça-feira, junho 17, 2008


...chovia, pouco no entanto, ela acolhia toda a água com o peito aberto debaixo do lenço, de olhos fechados atrás dos óculos acessórios, sobre a sua pele repleta de calor e momentos...
...caminha sobre a noite, caminhava no sorriso que esta lhe oferecia, contorcia-se de satisfação ao lembrar-se do que fez, no que sentiu...

...não havia sensação a aproximar-se, só aquela a povoava, só aquela é que lhe soprava na nuca, lhe agarrava o bíceps para lhe falar com os olhos, só ela lhe sussurrava e por lá largava um beijo...
...nisto, deixou-se ir de uma ponta à outra do metro, sentia-se olhada, sentia-se desesperada e sem pressa para chegar ao outro lado, foi sendo empurrada pela avalanche de paz encontrada...
...encontrei-me em ti, tenho de pagar pela estadia?...

quarta-feira, junho 11, 2008

...é a verdade, o crescendo de querer, palavras descritas nos olhares e brilho transportador da pele...
...nada, tudo isto sem plano, sem obrigação, tudo feito, desejado...
...não resta muito do que fui, sobra do que sou! sobra porque não cabe tudo no "eu", do muito que é produzido nesta fábrica de sensações instalada...
...tanto no pouco tempo, pouco no que podia ser, é isso! é insatisfação, é viagem idílica, é palavra solta, dita e guardada, é agora, hoje, sempre!...

sábado, maio 31, 2008




...e no calor de um dedo apontado, do sorriso oferecido, reconhecido...

...as costas espelhadas de vontade, e o calor transportado na pequena distância...
...tudo aquilo era muito mais que movimentos, era desejo reciproco, A Palavra é reciproco...
...tudo aquilo era só mais uma quantidade de pessoas, e duas a cinco entidades a relacionar-se no movimento labial, expressão corporal, desespero satisfeito...
...tudo aquilo, tudo isto são as nossas desgraças, as nossas vivências do querer, somos nós no aspecto mais primitivo, tudo isto é muito mais do que se pode dizer, limitamos-nos a viver-lo...

domingo, abril 27, 2008

...porque te vejo sorrir de perfil, porque me vejo nos teus olhos a cerrar lentamente, porque te sinto em lugar algum, comigo, porque passar despercebido é dolorosamente bom, porque se sente a vontade contida, porque estas em mim à distância, porque fazes parte de mim em presença, porque te sinto passear pelo meu corpo e sensibilidades...
...porque és tu e eu, em tudo aquilo que fazemos ou evitamos...

sexta-feira, abril 18, 2008

...a inspiração não me tem ladeado, abandonou-me no emaranhado confuso que me assola...
...a inspiração abandona quando teme esclarecer quando não devido, espera paciente por detrás do turbilhão cónico e persistente da minha estadia...
...deixa na ambiguidade, na crença de definição e limitação das vontades proprias...
...abandonou-me numa tão dividida existência...

...e, e não puderei olhar, não puderei querer, não puderei ter?!...
...qual o sentido de uma realização complicada e por metade, quando se vê uma plenitude de satisfação tão palpável e próxima...
...os juizos ignorantes e descabidos, a não percepção pela limitação de sensibilidades ou mesmo imposta pelo mediocre superior...
...explicações desnecessárias e mesmo inexistentes, é o ardor e querer, a realização e o ceder do mesmo...
...é paz, e sorrisos incompreendidos, descontrole e o pairar sobre a realidade, actos, devaneios, a surpresa...
...é funk, é dadaismo, é pimenta branca em carne, é paz na manhã sozinha, é uma bonita árvore despida, é silencio confortável, é um cheiro que persegue, é saxofone e companheiros, é o parar na pressa, é o "Para onde vamos?" - "Vamos para qualquer sitiu"...


...É, sou...

sábado, abril 12, 2008

...apetece agarrar-te e dar uma beijo nessa voz...

terça-feira, março 25, 2008

...on my way to someone...

segunda-feira, março 17, 2008

...não é a voz, nem sequer o sussurro, não é a presença, nem sequer a passagem, não é mais que um nada...
...um nada que está no completo do que se podia ser...
...mas eu, e o meu corpo, não fazem parte dos objectivos, dos projectos, dos designios...
...sou e perdurarei na indiferença, no rumo das vontades e do querer...
...porque o viver não reside no facto de fugirmos de nos, está na facilidade que é ser simplesmente...

sábado, março 08, 2008


...should i do? who know's?...

...am i doing that? oh yes, hell yes...

segunda-feira, fevereiro 25, 2008


...a cidade triste e de olhares suspeitos, nada de bonito havia a acrescentar, espreguiçou-se numa manha escura e de dor de garganta em crescendo...
...a leitura de jornais feita de forma mecânica, e ate o metro se arrastava, de estação para estação...
...partir isso sim fazia parte do pensar, deste pensar, partir simplesmente...
...o velho numa postura de cotovelo contra o corrimão, e palma de mão contra o queixo deixava adivinhar vivencias de outrora, o negro continuava a fitar desde que partimos, e a demora do metro exaspera-me...
...é o primeiro dia, e esta rotina não me satisfaz...

segunda-feira, fevereiro 18, 2008



...You cannot find peace by avoiding life...




terça-feira, fevereiro 12, 2008


...palavras gratuitas e despejadas, fazem crer, fazem-me querer, mais...

quarta-feira, janeiro 30, 2008




...tenho uma colecção de livros que nunca li, de musicas que jamais ouvi, guardo imagens de lugares onde não estive, albuns de fotografias que não captei...
...guardo comigo tudo aquilo que não tenho, o ter tem implicações, exigências...
...o não ter existe simplesmente, sentes-lhe a respiração, chegas a tocar-lhe, mas na condição de não o ter, de não ser meu, tiro o máximo partido, bebo o sumo da sua liberdade e sinto o gosto da minha posse inconstante...

sexta-feira, janeiro 25, 2008



...é da forma como se capta momentos, não da forma como os gravas e se desenrolam freneticamente no teu pensar...

...da forma como os recebes, como estas disposto ou não a fazer-lhes uma vénia, ou fechar-lhes a porta na sua existência remota...

...faze-lo sem pôr rolo na tua vivencia, sem programar e teorizá-lo, fá-lo tão desprendidamente...

...acontece, não há o acaso, há o querer e a disponibilidade...

segunda-feira, janeiro 21, 2008

...disse: "Já bebi tudo de ti, e há mais mundo a beber."...
...e a mira objectiva, o querer preciso que atormenta, o nariz envolvido na espuma e tecido de uma almofada com insónia, ela, ela não dorme, só imagina e relembra, desespera com e por mais um sorriso!...
...um nó caloroso na garganta presente, o pensar em três vertentes, e ela ao contrario da Lídia não se deixa na margem, envolve-se, flui, e o[s] liquido[s] abraçam-na numa dança conjunta, confluem e ela deixa-se levar...
...perde-se no ir, mas na margem e muito menos ancorada se vai deixar estar...
...a viagem é sombria, e o sonho em que está não é mais que a sua realidade idealizada, e ela so quer falar e ter...
...acordo com a mudança de musica, vejo-me sentada com um mp3 adormecido, na sua falta de bateria, no colo [...] ainda não foi agora que me expliquei...

sábado, janeiro 19, 2008

A bater na centena de posts!


Talking, laughing, loving, breathing,
fighting, fucking, crying, drinking,
riding, winning, losing, cheating,
kissing, thinking, dreaming!
[e quem reconhecer, muito bem...]

terça-feira, janeiro 15, 2008

...tenho começado os dias a não te pensar, a não te sentir amarguradamente...
...não tens sido o meu tapete ao levantar-me, tenho-me vestido e não és tu que sinto na minha pele...
...não tens feito parte da composição quimica da pasta dos dentes, nem o creme do meu galão matinal...
...não és a minha primeira claridade, nem o meu pisar nas escadas rolantes, não fazes parte do meu reflexo no metro...
...não tens sido, deixas-te de ser...
...não me dóis em fotografias, não me custas nada...
...a ausência passa despercebida, a presença não afecta...
...tenho estado bem, foste, e tenho estado tão bem...

domingo, janeiro 13, 2008

...Qual a probabilidade?!...

quinta-feira, janeiro 10, 2008

...ouvindo, ficando perturbada...

quarta-feira, janeiro 09, 2008

...I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.
You have been the one.
You have been the one for me...

sexta-feira, janeiro 04, 2008

...dedos esborratados, marcados, fustigados, deles desenho cartas e rostos, praias entardecidas e laranjas, rolos e expressões corporais desesperantes...
...entreguei-me a eles, aos meus dedos, hoje, isolei-me de teclas, de tecidos, de organismos, fundi-me com a tinta abraçando o pincel...

...num gesto repentinamente decidido, atirei o pincel contra o pensamento, ele teve tempo de fazer uma paragem cirurgica no lado esquerdo, arrancou-te de lá, ou entao fingiu, e num borrão absorvente e explicativo desenha-te para o esquecimento...
...vou esvaziar-me de ti, vou dar espaço a receber quem bate à porta, nao desiste [de mim], cansa-se e senta-se de encontro à porta, espera ouvir destrancar-me de ti...
...agora, depois de me cansar, é que posso dizer: sou bem-vinda, ao meu 'Eu' novamente respirante...