domingo, setembro 23, 2007

...estava vazia, deparei-me com uma estação vazia...

...temi porque estava tão cheia, eu transbordava, estava atolada, preenchida...

...mas a estação estava vazia, não havia lá ninguém para mim, sentei-me e pus ao colo, tudo o que me ia na mente e no peito...

...olhei para baixo e deparei-me com os ténis laranjas cansados, remendados, vividos...

...o silencio era excruciante, porque assim teria de me ouvir, e ouvir o que vinha do meu colo...

...foi então que reconheci uns acordes, olhei para cima, olhei para o nada, so via os acordes, e senti um vibrar na perna direita, pensava eu que era uma reacção aos acordes, mas não, era o meu telemóvel...

...arranquei-o do bolso, e quando comecei a ler aquelas 33 letras, tremi de novo, eram letras que me preenchiam, povoavam aquela estação, a música voltou a mim, e não podia acreditar...

...tremi, tremi pois eram 33 letras e tinham aquele acompanhamento...

...nunca antes tinha ouvido aquela musica senão no meu quarto, sozinha...

...e estava lá naquelas 33 letras comigo, a sonorizar-me...

...as letras deixaram-me sozinha, só eu e aquela coluna, olhei-a, quis alcança-la, mas estava muito acima de mim, conseguia senti-la, mas era impossível tocar-lhe...

...passou o metro em sentido contrario vazio, nem parou, passou vazio e esvaziou-me também...

...nem em sentido contrario eram capazes de povoar aquela estação...

...era hora, a hora de vir o meu metro, no sentido, no sentido unico que conheço ate ao momento...

...entro, e deparo-me com faces que me fitam, não percebo o porque, mas não largam a minha vista...

...o metro arranca, e vou numa viagem desesperante...

...é o rumo que devo seguir, mas não quero...

...não respiro desde as 19:58, e tenho a pulsação a 213...

...vou voltar àquela estação, e o metro em sentido contrario largar-te-á lá para mim, para que corra em tua direcção, de olhos fechados, sentir-me-ei completa quando chegar ao outro lado, ao teu lado, isto porque és a minha Pessoa...

...é um dia de dor de alma, e materializou-se como nunca antes, naquela estação...

...DJ...

segunda-feira, setembro 17, 2007

...uma pequena saga...Wacko^2 (é de lamentar a falta de qualidade)

sábado, setembro 15, 2007

Come away with me on a bus

Come away where they can't tempt us

With their lies

And I want to wake up with the rain

Falling on a tin roof

While I'm safe there in your arms

So all I ask is for you

To come away with me in the night

quinta-feira, setembro 13, 2007

...estava escura, estava escura porque não queria ver...
...não precisava de apalpar terreno, porque pensava que sabia como sair da escuridão, melhor, como quereriam que saisse...
...não me apercebia que as lampadas estavam fundidas, todas as lamparinas sem azeite, todos os isqueiros sem gás...
...estava na escuridão porque era confortável, porque não via, porque não me sentia...
...invadiste-a, tu invadiste-a meu pirilampo, empurras-te a escuridão lateralmente, e vieste de encontro a mim, não me tocas-te, fizeste-me esperar, ansear, deste meia volta e levaste-me contigo no teu feixe de luz...
...estou nesse feixe, numa espiral rectilinea, começo a ver, tu sorris-me, olhas para tras desafiante e ternamente...
...não tenho medo da viagem que vou atravessar, estou reticente é quando tu parares e me olhares de novo, estou reticente porque sei que quero o teu tocar...
...meu pirilampo, continua a levar-me, estarei sempre na senda do teu feixe, e olha-me nos olhos de novo...
...contigo não ha escuridão...

segunda-feira, setembro 10, 2007

...a Minha Paixão...
...levaste-me contigo, e ainda não me trouxeste...
...estou a distanciar-me mas estou finalmente a encontrar-me...
...estas-me a dar espaço para encontrar as outras Paixões que preciso, mas seras sempre a Minha Paixão...
...estão a roubar-me de novo, e eu deixo, deixo com prazer, com vontade, com curiosidade, com sobretudo medo do desconhecido...
...vou fugir daqui e encontrar-me contigo, e a idealização do mesmo exaspera-me, e anceia-me...
...espera-me e terás-me...
...entregue,completa, realizada...
...espero-te...

quarta-feira, setembro 05, 2007

...sinto a verdade a arranhar-me a vista...
...um arranhar que ignoro, ao qual não cedo, mas arranha e começo a ficar com a vista em chaga...
...é a minha verdade a manifestar-se, é o arranhar a apoderar-se...
...palavras, simbolos, presenças, esperas, anceio e mais palavras, desespero...
...ela passa por mim ignorante, faz um 360º e segue-me, ela esta lá, sei que está, mas continuo com a minha passada de olhos fechados para que ela, a verdade, não me arranhe...

sábado, setembro 01, 2007

...one thing i love to do, discover me, discovering you...

...de mãos dadas, vagueantes e indiferentes no meio de gente que esta bem na sua pele, ou de gente que queria estar no meio de uma outra derme ou epiderme...
...no meio de fachadas imponentes, e lojas mais ou menos salpicadas de gente...
...há algo envolvente, algo absorvente...
...não sei se invejo, se desejo, se simplesmente contemplo...
...as mãos dadas passam por mim, e sinto acariciarem-me o meu lado esquerdo e o de cima igualmente...
...desapareceram de caras fechadas, mas a emanarem algo unico para alguns agarrar...
...não me estou a perceber, mas estou a entender-me, concerteza que estou a entender...
...há muitas fotos, muitos relatos, mas so houve ate agora aquele dar de mãos...
...estou-me a descobrir, descobrindo todos os outros à descoberta, ou mesmo os já encontrados no seu eterno desengano...
...estou na senda da mudança, na senda da descoberta, na minha procura...
...obrigado mãos dadas e olhares confiantes, obrigado por ontem, porque um dia abraçarei assim uma mão, não um qualquer abraçar, um abraçar com aquela intensidade...