segunda-feira, julho 28, 2008


...foi perfeito no segundo em que cheguei...

...sentei-me onde outrora não estive, perto por sinal...
...a voz reconheço, a paz está lá...
...tudo tinha começado com um abrir de olhos não muito confiante, uma passada tropeçante e a multidão despida de pessoas...
...agora os voadores sobrevoam-me, as pessoas passam azuis e brilhantes, de guarda-sol alegre, passam nos gestos cúmplices e nas fotografias guardadas...
...o afluente está lá, pautado pelos carros frenéticos, e pelos jornais mortos...
...está lá, brilha mas não muito, navegado no entanto...
...na falta de ti, por uma tarde tenho a visão e a companhia de mim mesma, porque só assim faz sentido...

domingo, julho 20, 2008

[encontro com 7 de Maio]
| ...agarro-me ao pescoço, agarro-o por debaixo do cabelo, com a mão esquerda e sinto que é errado. sinto-o porque não estou aqui, e devia...
...devia porque é o certo, é o que deveria ser, todos os outros o fazem, e eu aqui à espera que o ponteiro se arraste até à hora de não dar má impressão...
...eles estão confiantes e vivem do gesto paralelo da caneta com as margens, e o movimento rotacional das folhas. estou no enfiamento desse movimento, e revejo-o numa roda gigante, colorida e viva...

...2 desistentes e é chegada a hora de não parecer tão mal. Não!...
...porque sentada não estou viva, as cores vivas da sala já faleceram à muito, e vão dando pontapés aos sonhos que foram deixados pelos cantos e rebordos da sala. as portas deixam o sabor agridoce na boca, o sabor da frescura no dia soalheiro, o sabor da tua possibilidade...

...vou sair porque quero sentir no perfil as vivências, essas são arrastada pelas árvores mais ou menos artificiais e fictícias, pela gravilha solta e pela visão do eléctrico que chega...
...vou sair, que já vou atrasada, porque Tudo me espera, e eu aguardo somente o meu reencontro em ti, em nós...
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quarta-feira, julho 09, 2008



...não vou disfarçar, não é algo passível de se fazer...
...posso abstrair-me, posso andar em frente e esquecer-me que estás nas minhas costas, andar resulta, afastar-me simplesmente por breves instantes, estar longe para não ver, não me veres...
...ouço, vejo, estou lá quando dói, mas disfarçar é impossível pela imensidão que transportamos, por seres, por estares e por sentir...
...digo-te, porque existe e não consigo engolir-te, não me passas ao lado...
...pensa no ridículo, no ingénuo, no non-sense, no irrelevante mas quando não couber em mim, não disfarço...
...because now you're here, Always...