quinta-feira, dezembro 20, 2007

...sento-me, começo a escrever ciencia, acabo a desenhar stencil...
...paro, atiro os olhos contra a plateia atenta à voz rouca, que distorce este silêncio em que estou...
...estão atentos, absorvidos, distantes e frios como a temperatura que me assola o fundo das costas...
...ha a simulação de um bater à porta, talvez tenham desistido de assistir a esta peça apática a preto e branco...
...mas há cor aqui, a cor da visão periférica, o olhar sobre o moleskine arrasta as cores quentes de um lenço abraçado ao pescoço...
...a voz é pausada, arrastante, hipnotizante, so o movimento do meu pulso me acorda, me agita...
...fala-se de metabolismo, fala-se de desacelaração, enquanto eu me lembro das fotos que me tiraram sem rolo, lembro-me dos postais estrangeiros que colei numa parede, lembro-me daquele desenho e violão residentes no alto miradouro, tenho saudades da minha mão no teu maxilar...

1 comentário:

Anónimo disse...

Nice.