We walked the street to the beat
...estavas ali despojada numa capa de revista, a única revista que restava daquele bar, do bar que desaustinou aquela noite...
...não no meu melhor estado, olhei-te, agarrei-te e atirei-te para dentro da mala...
...passas-te a noite como nova inquilina, espero que tenhas passado bem, na companhia do cinzeiro cravejado com aquele corrector descaracterizante, novo inquilino também...
...passou-se a noite, e eu incluída...
...deparei-me de novo contigo no dia seguinte, vi o cinzeiro e trouxe-me à memoria certas imagens daquela fatídica noite, e quando te vi, sorri porque me revi...
...revi-me no grito sufocante, do qual não me liberto, revi-me porque não me quero mostrar por enquanto, revi-me sobretudo onde te sentas, estou numa de malas aviadas, basta-me uma pequena mala, basta-me porque o destino para o qual quero partir oferecer-me-á tudo o que preciso...
...mas continuo sentada na mesma, expectante e desesperante, quero partir, quero ir, pode ser para ficar ou não, pode ser por minutos ou por dias, quero seguir porque se está a tornar excruciante, quero fugir porque és o lugar onde quero chegar, ficar, respirar livremente, e quando for altura de partir deixo-me de novo lá, deixo-me lá mas não te preocupes que eu volto, para me ir buscar e deixar-me de novo lá...
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