quarta-feira, outubro 17, 2007


We walked the street to the beat
Hand in hand you and me
Smiling faces so in love
Hoping that they all could see

...estavas ali despojada numa capa de revista, a única revista que restava daquele bar, do bar que desaustinou aquela noite...

...não no meu melhor estado, olhei-te, agarrei-te e atirei-te para dentro da mala...

...passas-te a noite como nova inquilina, espero que tenhas passado bem, na companhia do cinzeiro cravejado com aquele corrector descaracterizante, novo inquilino também...

...passou-se a noite, e eu incluída...

...deparei-me de novo contigo no dia seguinte, vi o cinzeiro e trouxe-me à memoria certas imagens daquela fatídica noite, e quando te vi, sorri porque me revi...

...revi-me no grito sufocante, do qual não me liberto, revi-me porque não me quero mostrar por enquanto, revi-me sobretudo onde te sentas, estou numa de malas aviadas, basta-me uma pequena mala, basta-me porque o destino para o qual quero partir oferecer-me-á tudo o que preciso...

...mas continuo sentada na mesma, expectante e desesperante, quero partir, quero ir, pode ser para ficar ou não, pode ser por minutos ou por dias, quero seguir porque se está a tornar excruciante, quero fugir porque és o lugar onde quero chegar, ficar, respirar livremente, e quando for altura de partir deixo-me de novo lá, deixo-me lá mas não te preocupes que eu volto, para me ir buscar e deixar-me de novo lá...

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